Paris
– Um dia de descanso em Paris, tempo para uma visita rápida à Torre Eiffel, e o triplista paranaense Jadel Gregório retoma hoje a rotina de treinos, após obter o quinto lugar no Mundial de Atletismo, na segunda-feira à noite, no Stade de , com um salto de 17,11 metros.Jadel subiu uma posição, ao ar de quinto para quarto lugar, no ranking de pontos da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) divulgado ontem, e confirmou presença na final mundial da temporada, com os sete melhores do ano em cada prova, dias 13 e 14 de setembro, em Monaco. Antes disso, disputa o Meeting de Gotemburgo, na Suécia, tentando o bi, dia 2.
Mais eios em Paris? “Para Jadel, só se for para conciliar com os treinos, na pista de Charlety”, avisou o técnico Nélio Moura.
Jadel permanecerá treinando em Paris até domingo, preparando-se para as últimas provas do ano no atletismo. “Para o Jadel, a temporada ainda não acabou”, explicou Nélio Moura, satisfeito pelo resultado no Mundial de Paris e por ter um brasileiro na nova safra dos triplistas do mundo.
Além da despedida do recordista mundial, o britânico Jonathan Edwards, de 37 anos (recordista mundial do salto triplo desde 1995, com 18,29 metros), o que se viu no Mundial de Paris foi a nova geração desta prova. O salto triplo foi ganho pelo excepcional sueco Christian Olsson, de 23 anos – ele teria sido campeão mundial com qualquer um dos cinco saltos que deu (errou o sexto), o melhor deles de 17,72 metros.
“Os suecos fazem um trabalho forte no atletismo e revelam valores como Olsson”, itiu Nélio Moura.
Também Cuba, apesar das dificuldades financeiras, ainda identifica e desenvolve talentos para as provas de saltos. “É um trabalho de formação que não pára”, disse Moura. Os cubanos Yoandri Betanzos (17,28 metros), de 21 anos, e David Giralt (17,23 metros), de 19 anos, segundo e quarto colocados no Mundial de Atletismo, são atletas bem jovens e também vão formar a safra de triplistas até a Olimpíada de Pequim, em 2008. “O Giralt é juvenil”, lembrou o técnico brasileiro.
A nova geração também tem Leevan Sands, da Bahamas, medalha de bronze no Mundial (17,26 metros), assim como Jadel, ambos com 22 anos, e o próprio Olsson, de 23.
Sobre o brasileiro, que está apenas na sua segunda temporada internacional, o técnico Nélio Moura resume o trabalho a ser feito. “Não há mágica e nem podemos pensar em grandes mudanças no trabalho com Jadel. É só continuarmos investindo no processo de crescimento na prova, o que demanda tempo.”
