As montadoras estão promovendo uma nova rodada de reajuste nas tabelas dos carros zero quilômetro apesar da estagnação nas vendas do setor. A direção é perigosa, pois férias coletivas e carros encalhados não combinam com aumento de preço, que volta a subir -agora até 1,5%.
A GM do Brasil foi a primeira a rever sua tabela de preços no início do mês e promover um reajuste de 1,3%, em média, de toda a sua linha. Agora, os veículos de outras montadoras -Volkswagen, Ford e Fiat – tiveram um aumento entre 1% e 1,5%, o mesmo percentual de reajuste que já havia sido aplicado em maio.
Os aumentos acontecem num momento em que as vendas internas estão em baixa e a receita das montadoras é sustentada pelas exportações. Segundo a Anfavea, o total de veículos comercializados entre março e maio foi o pior dos últimos 10 anos para o mesmo período.
Sinal da crise pode ser observada na redução do ritmo de produção. A maior parte das montadoras instaladas no Brasil vão paralisar suas fábricas. Anunciaram férias coletivas, Ford, Fiat, GM, Audi/VW e Renault.
Difícil de entender são os aumentos programados para os carros, que logo em seguida am a ser comercializados em campanhas ou feirões de fim de semana, com descontos (bônus) de até R$ 2.500,00. O consumidor brasileiro não está em condições de arcar com esses aumentos.
