A Tribuna inicia nesta quarta-feira o projeto Tamo Junto Com... O objetivo desta iniciativa é doar parte da venda dos jornais impressos de hoje para uma instituição beneficente. E a primeira entidade é a Acridas.
Quem quiser ir além e ajudar um pouco mais, pode ar o QR Code da capa deste jornal e doar diretamente para a instituição. Participe dessa corrente do bem para ajudar quem realmente precisa.
Você pode fazer a diferença,. afinal… Tamo Junto Com a ACRIDAS. Conheça a história da instituição a seguir:
Um lugar de esperança
No bairro Bacacheri, em Curitiba, existe um lugar que, à primeira vista em uma rua apertada, nem se imagina ser um terreno de 30 mil metros quadrados capaz de abraçar e abrigar pessoas em situação de risco. A Associação Cristã de Assistência Social (Acridas) é a verdadeira porta da esperança para crianças que sonham com um lar seguro e de boa convivência.
Ao descer a rampa que dá o à istração, percebe-se um mundo mais colorido diante de casos de abandono, violência física e psicológica, abuso sexual, dependência química dos pais ou graves dificuldades socioeconômicas que determinaram um início complicado para os pequenos. Sim, muitas das crianças que chegam à Acridas não têm sequer uma roupa mais quente para usar no inverno.
A história da Associação Cristã de Assistência Social começou em agosto de 1984, quando um grupo de jovens da Igreja de Cristianismo Decidido, liderado pelo Sr. Gerhard Fuchs, começou a dar atenção a um grupo de adolescentes que cheiravam cola e frequentavam a praça do Redentor (do Gaúcho).



A atividade foi intensa e, a partir da nobre ação dos empresários Gunther e Ursula Algayer, que doaram o atual terreno para ser a sede da organização, os jovens deram início a uma nobre missão de construírem casas-lares para atender crianças.
Após 40 anos de atividade, a Acridas já acolheu mais de 6 mil crianças que foram afastadas de suas famílias de origem, seja por um período ou definitivamente, para ingressarem no processo de habilitação nacional de adoção. Valquíria Amaral, natural de Seabra, cidade do interior da Bahia, trabalha na Associação há sete anos. Foi voluntária e trabalhava na área comercial, mas percebeu que precisava colaborar com a sociedade e foi na Acridas que se encontrou profissionalmente.
“Eu sempre fui da área comercial, mas hoje eu vendo uma causa, entrego transformação. O acolhimento é uma jornada de amor. São crianças que chegam debilitadas, com sinais de negligência evidente, descalças e sem roupa adequada. Isso choca. A acolhida ensinou que a vida vale a pena e que existem muitas pessoas de coração valente”, disse Valquíria, coordenadora de Mobilização de Recursos e Comunicação.

Além do acolhimento institucional, crianças e adolescentes também são acolhidos por mães e pais em famílias temporárias, o chamado acolhimento familiar. A criança permanece na casa de uma família, recebendo e da Acridas, enquanto a justiça decide se ela poderá voltar para sua casa de origem ou ser encaminhada para adoção.
“As famílias são capacitadas pela Acridas, Fundação de Ação Social de Curitiba e habilitadas pela Vara da Infância. Não é uma adoção, é uma missão. É uma transformação do acolhimento familiar que veio para ficar, como ocorre em outros países. Curitiba adotou esse programa desde outubro de 2019.”
Estrutura e dedicação

A Acridas atualmente acolhe até 60 crianças na sede no Bacacheri, mais 30 que estão com famílias acolhedoras, outras 10 no serviço acolhedor em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e mais 20 crianças em duas casas-abrigo em Sorocaba, interior de São Paulo.
Estruturalmente, o espaço é espetacular. São seis casas-lares com quatro quartos cada um, sendo um da cuidadora residente, com capacidade para abrigar 10 crianças. Dentro dessas casas, a organização e a limpeza confortam quem mais precisa. Ainda no terreno, é possível notar parquinhos e quadra de esporte em ótimo estado de conservação.
Para cuidar da maneira mais gentil possível de todos, a Acridas conta com 57 funcionários. A mais antiga em atividade é Juliene Pereira de Abreu, com quase 30 anos de Acridas entre idas e vindas.

A fama de bom coração e atenciosa com as crianças fez com que ela assumisse o desafio de supervisionar as casas-lares. “É gratificante fazer o acolhimento. Já tive momentos pesados e horríveis quando se tira uma criança de uma família. Ela entra desamparada na casa, mas isso é recompensado quando ela vai embora para um bom lugar”, reforçou Juliene.
Um dos fãs da supervisora é Willian Rodrigo, gestor da Acridas há cinco anos. “O coração dela é generoso, é referência aqui dentro. As crianças procuram por ela, e a Ju faz um trabalho com muito carinho”, referendou o gestor.

Como ajudar a Acridas?
A Acridas é uma instituição não governamental, sem fins lucrativos e econômicos. Ela precisa de apoio para seguir acolhendo crianças. Para ajudar, toda forma de colaboração é importante, e no inverno, agasalhos, cobertores, meias e toucas são itens essenciais para quem chega ou mesmo reside no local. Além disso, alimentos que não estão na cesta básica, como leite, achocolatado e bolachas, podem ser doados.
Vale reforçar que a entrega pode ser realizada na Rua Eduardo Geronasso, 1782, no Bacacheri. Caso queira, a Acridas também recolhe os produtos doados.
>>> Caso queira colaborar financeiramente, faça um PIX Solidário usando a chave CNPJ 78.552.726/0001-24.
Quem ama, doa!
