Exames para aftosa ainda não se esgotaram

As amostras dos animais supostamente contaminados pelo vírus da febre aftosa no Paraná vão continuar sendo analisadas pelo Laboratório Nacional de Agropecuária (Lanagro) em Belém do Pará. A informação foi dada ontem por Felisberto Baptista, diretor do Departamento de Fiscalização Agropecuária (Defis) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab).

Baptista e outros técnicos da Seab participaram ontem, de reunião com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Gabriel Alves Maciel e técnicos do Ministério da Agricultura, em Brasília. O objetivo era discutir o ime em torno dos resultados dos exames laboratoriais que, apesar de serem negativos até o momento, são considerados inconclusivos pelo Ministério da Agricultura.

?Algumas amostras continuam em andamento. Há técnicas (caso do Probang) que precisam ser repetidas a cada 72 horas?, explicou Baptista. Segundo ele, em material analisado até agora não foi possível isolar o vírus – o que leva a acreditar que não se trata de febre aftosa. ?Os exames até agora não permitem dizer que não há o vírus, mas também não há como concluir o contrário?, disse. Segundo ele, novas amostras dos animais podem vir a ser solicitadas pelo laboratório.

Flexibilização

De acordo com Baptista, tão logo retorne a Curitiba, a equipe estará encaminhando ao Ministério da Agricultura relatório com todas as medidas adotadas pelo Paraná até o momento. Com isso, a expectativa é que o ministério revogue a Instrução Normativa 34, que considerou 36 municípios do Paraná como de risco sanitário e impediu a saída de animais vivos, carne com osso e leite ?in natura.? ?Acreditamos que as ações que nos foram relatadas aqui, nesta reunião, nos permitem flexibilizar. Estamos apenas esperando o relatório?, afirmou Maciel. O prazo concedido aos técnicos da Seab para enviar o documento foi de 48 horas. Segundo Baptista, as quatro propriedades rurais – em Amaporã, Maringá, Grandes Rios e Loanda -, irão continuar em observação, mas num raio de apenas 10 quilômetros. ?Isso significa que alguns desses municípios devem ficar interditados apenas parcialmente?, explicou. A revogação da IN 34 pode ocorrer ainda esta semana, segundo o diretor do Defis.

Agilidade

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que abriu a reunião dos técnicos, cobrou agilidade para pôr fim ao ime criado em relação aos resultados dos exames para a febre aftosa no Paraná. O ministro pediu uma solução rápida em, no máximo, três dias. Rodrigues está preocupado com a repercussão, no mercado internacional, das divergências entre seu ministério e as autoridades paranaenses. Somente com a confirmação dos casos em Mato do Grosso do Sul, dezenas de países fecharam suas portas para a carne brasileira.

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