A Secretaria da Indústria e Comércio quer que a Renault, em São José dos Pinhais, impulsione a rede de fabricação de peças de reposição de seus veículos no Paraná. Atualmente, somente 30% dos itens são nacionais. O restante vem na maioria – da Argentina e da Europa. “Assim como o governo ofereceu condições para sediar a montadora, o Paraná também pode receber as indústrias dos componentes para estes veículos tornando o produto 100% nacional”, afirmou o secretário Luís Guilherme Mussi, durante visita do presidente da Renault no Brasil, Pierre Poupel.

A proposta do secretário tem como objetivo fomentar a geração de empregos através da abertura de novas fábricas e também na montadora, que hoje opera com um terço de sua capacidade instalada. “Com custos de manutenção menores, a tendência é que as vendas dos carros Renault tenham um melhor desempenho e a produção cresça absorvendo mais mão-de-obra”, acredita Mussi. Atualmente, a Renault emprega 2.700 pessoas e gera outros 7 mil postos de trabalho indiretos.

O presidente da empresa mostrou-se otimista com a possibilidade de inversão do fluxo de peças de manutenção com as outras unidades da Renault espalhadas pelo mundo. “amos de consumidores a fornecedores”, disse Poupel, que se comprometeu a fazer um levantamento sobre quais componentes seriam mais viáveis para produzir no Estado.

Desempenho

A Renault iniciou suas atividades no Paraná no final do ano de 1998. O complexo industrial Ayrton Senna tem capacidade de produção de 240 mil veículos e de 400 mil motores por ano. A indústria fechou o ano de 2002 com participação de 4,52% do mercado de automóveis e um prejuízo de R$ 1 bilhão.

Para reverter este quadro, a montadora pretende ampliar a produção de veículos e motores para exportação, a partir deste ano. Os automóveis devem ser destinados aos mercados do Leste Europeu e África, principalmente. A venda de motores para o exterior também deve crescer, superando os 50% mandados para fora no ano ado.

Participação do Estado encolheu

A vinda da Renault para Região Metropolitana de Curitiba foi garantida através de incentivos oferecidos pelo então governador Jaime Lerner. Além de prometer uma participação estatal de até 40% na construção da fábrica, cujos investimentos só por parte da empresa somaram US$ 780 milhões, o Paraná ainda abriu mão de receber durante 10 anos o ICMS devido pela montadora.

Atualmente a participação societária do Estado no capital da multinacional é bastante modesto. De acordo com o balanço de 2002, o Paraná detém 0,2193% das ações, em valores isso significa apenas R$ 136.208.470,00 contra o capital integralizado de R$ 3.079.211.283,18 da empresa de origem sa. “Como pôde haver tamanho encolhimento da participação do Estado"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721 c-9.597,46.215-44.506,82.314-89.197,92.239l-114.805,25.493l114.805,25.494c44.691,9.924,79.601,46.024,89.197,92.238 l24.652,118.722l24.653-118.722c9.597-46.214,44.506-82.314,89.196-92.238L627.409,331.563z"/>