Travessia da BR-116 em Colombo traz risco diário

Trabalhadores e moradores na Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo, se queixam das dificuldades para atravessar a Rodovia Régis Bittencourt (BR-116 Norte). Segundo eles, no início da manhã, em horário de almoço e no fim da tarde, uma pessoa chega a levar até vinte minutos para conseguir atravessar as duas pistas.

O aposentado Manuel de Souza conta que, diariamente, dezenas de pessoas chegam a arriscar a vida para atravessar. “Já vi muitos acidentes. Atravessar a rodovia nesta área é sempre um desafio”.

A atendente de lanchonete Kaliane Alves, que diariamente precisa atravessar a BR, revela que os carros am em alta velocidade e que, muitas vezes, é preciso apressar o o para fugir dos veículos. “Várias vezes já tive que atravessar correndo, me arriscando a cair e ser atropelada. É sempre muito perigoso”, diz.

Possíveis acidentes com crianças são a grande preocupação da empregada doméstica Rosa Vaz Bandeira, moradora da vila. Com quatro filhos, de 3, 4, 7 e 10 anos de idade, ela conta que sempre precisa ficar de olho para que eles não atravessem a via sozinhos. “Não descuido um minuto, pois já vi muitas pessoas serem atropeladas”, garante. Há algum tempo, Rosa perdeu uma vizinha que, ao atravessar as pistas, foi morta por uma carreta em alta velocidade.

Outra queixa dos pedestres é quanto às cercas metálicas (guard-rails) entre as pistas. Diariamente, as pessoas precisam pulá-las para conseguirem ar de um lado a outro. “É muito complicado pular as divisórias, principalmente se, como eu, a pessoa estiver acompanhada de crianças”, afirma Rosa.

Sempre empurrando um carrinho, o verdureiro José Silveira da Veiga não tem como saltar. Todos os dias, ele precisa ir na contramão de seu destino até achar a um lugar onde as barreiras não estejam presentes para que o carrinho possa ar. “Faço isso há vários anos”, declara. “Depois, surge o desafio de atravessar a outra pista: como o carrinho é pesado, tenho que atravessar bem devagar e já cheguei a esperar mais de vinte minutos até que os veículos parassem de ar.”

Para os pedestres, a solução seria a construção de uma arela sobre as pistas. “A construção de uma arela evitaria que muitas vidas fossem perdidas. Traria muito mais segurança para nós”, comenta o aposentado Manuel.

DNIT

O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (DNIT) informa que a necessidade de arelas no local já foi constatada, mas que elas ainda não foram construídas por falta de recursos financeiros.

De acordo com o órgão, há a previsão de que, assim que a chamada “Rodovia do Mercosul” ? que vem de São Paulo e vai até Uruguaiana (RS), na divisa com a Argentina ? for privatizada, sejam construídas duas pistas laterais no trecho, beneficiando a população.

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